O Deus que se revela, também, nos fracassos

Por Jofre Garcia

– Dê um brado de vitória, irmão!

E em coro todos respondem:

– Oh! Glóooooooooooooooria!

Quando um exército vencia uma batalha nos campos de guerra da era clássica, a soldadesca costumava reunir-se em volta do comandante e a plenos pulmões bradar (gritar) uma palavra de ordem que simbolizaria a sua vitória.

Esta cena pode ser vista em quase todo ramo da fé cristã hoje em dia. O que me entristece não é a fenomenologia do grito como manifestação de poder, ou evidência de uma fé operosa. Isso faz parte da alma mística do nosso sangue latino. O que me entristece é a mania de “vitória visível e imediata” que inundou nossa teologia moderna e seus conceitos nada ortodoxos e muito menos bíblicos.

Não queremos aceitar que um cristão genuíno venha experimentar ondas de fracassos e pífios resultados, isto é, quando se olha através do prisma natural-humano. Temos nos concentrados nas conquistas e usado o sucesso, como medida da fé. Esse perigoso conceito religioso-cristão-contemporâneo pode provocar afundamentos angustiantes e crises depressivas para a grande multidão que lotam as Igrejas na expectativa que uma loteria divina irá lhes contemplar o grande prêmio. O que na maioria das vezes não acontece, provocando uma profunda sensação de que Deus não atenta para o desespero das pessoas.

Estamos obcecados pelas conquistas, inebriados com as perspectivas mirabolantes das “vitórias” e que vem acompanhada de “testemunhos” impressionante. Estamos hipnotizados com a ideia fixa de uma confissão positiva que vai, em fim, nos catapultar para a glória e o reconhecimento ainda neste mundo, e que não ultrapassa este mundo. Estamos tão ocupados com os nossos especulativos triunfos que não nos apercebemos de um detalhe perturbador da narrativa bíblica: o fracasso!

O fracasso está presente em todas as etapas do texto bíblico contrariando e desnorteando a nossa lógica do triunfo e do sucesso.

E graças a Deus pelos fracassos!

Sim.

Graças a Deus por ele, porque é nele, no fracasso, que as lições foram realmente proveitosas e marcantes. O nosso Criador usou aquilo que para o mundo é uma vergonha, como matéria prima para fazer concretar as vitórias reais e que permanecem eternamente.
Psiu!

É! Você que está lendo este artigo.

Levante a cabeça e olhe o horizonte da tua existência não com o olhar do derrotismo humano, mas sob a ótica de Deus, através da sua Palavra compreenderás que tuas quedas e derrotas não foram para te destruir, mas, para te ensinar o que de fato significa vencer.

Foi no meio de um turbilhão de desgraças, dor e perdas irreparáveis que Jó teve a exata compreensão de quem era Deus: “agora, os meus olhos te vêem” (Jó 42.5).

Abraão teve de largar sua parentela, seu porto seguro financeiro-moral e se lançar numa peregrinação sem fim, onde a tenda estava sempre pronta a ser desfeita e a honra vencida pelo medo. Seu coração em sobressalto pelos severos testes de fidelidade ao Senhor, porém, firmado na esperança das promessas reais e verdadeiras seriam cumpridas, porque sabia quem lhe havia prometido. E foi exatamente por isso cognominado “pai dos que crêem” (Gálatas 3.9).

Foi no desmascarar do seu fracasso moral e ético que o rei Davi pode verdadeiramente ter uma experiência de conversão, e expressá-la numa composição profundamente poética de quebrantamento e busca ao Senhor:

“Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos… Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim, um espírito inquebrantável” (Salmos 51.4,10).

E não só estes listados acima, mas tantos outros que tiveram que sair de suas confortáveis posições, ora financeira, social ou mesmo teológica-filosófica para irem ao deserto vivenciar o fracasso de Deus que os tornariam, de fato, vencedores. (Hebreus 11.30-38)

Por fim, a cruz do calvário.

Quem em sã consciência veria o sacrifício da cruz como uma retumbante vitória? Os judeus a chamaram de escândalo, os gregos de loucura, mas para os cristãos: poder de Deus para salvar todo aquele que crê. (I Coríntios 1.23; Romanos 1.16)
Na concepção imediatista do homem, um espantoso fracasso, mas no plano redentivo de Deus um inquestionável triunfo.
Portanto, vivamos como cristãos conscientes de que Deus nos dará vitórias mesmo que elas venham disfarçadas em frustrantes fracassos.

N’Ele, que na cruz venceu e revela-se até mesmo em nossos fracassos.

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Jofre Garcia é radialista, teólogo e sempre escreve com essa bravura empolgante, porém sem perder a ternura. Direto do Auxílio do Alto.

Refrigerante Gospel "Leão de Judá" substituirá a Coca-Cola – QUEMCRÊDIZAMÉM!

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E aeê “Leõezinhos da igreja”, prontos para abolir a Coca-Cola (“Ao Diabo”) no cardápio? CRUZES!

Por falar de Deus nas redes sociais, psicóloga cristã pode ser punida pelo Conselho Regional de Psicologia

Recentemente está reverberando a notícia de que a psicóloga Marisa Lobo foi notificada pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP) através de um processo disciplinar onde a principal causa trata-se da acusação da mesma fundar uma pseudo-ciência, a “psicologia cristã”. O teor argumentativo acusa-a de utilizar a bíblia como ferramenta didática na orientação psicológica, o que é contundentemente negado por ela.

Entretanto, a tensão aumentou quando Marisa se negou a retirar de suas redes sociais frases que falem de Deus, determinação esta dada pela justiça. “A questão é cadê a prova que uso religião no meu consultório? É perseguição!”, protestou Marisa em seu Twitter!

A psicóloga se mostrou inconformada, assim como muitos cristãos que acompanham o caso pelas redes sociais. Segundo ela, tudo não passa de uma perseguição religiosa para tentar neutralizar o crescimento dos evangélicos nos segmentos profissionais da sociedade. Veja o vídeo abaixo onde ela faz sua defesa:
Gente, ser cristão integral é não fazer dicotomia entre sagrado e profano, entre crença e profissão. A igreja precisa ser sal e luz. Notemos a estranheza que a sociedade tem quando percebe um cristão fazendo de seu talento e conhecimento uma ponte inteligente para se revelar o conhecer a Deus.

Oremos pela psicóloga Marisa, e mais que isso, que possamos de fato proclamar o Evangelho de Cristo, na rua, no trabalho, na escola, nas redes sociais, a tempo e fora de tempo! Vivamos inteiramente e integralmente fazendo nosso ofício “secular” com excelência (1Co 10:31), ao mesmo sendo instrumento de propagação do reino.

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Antognoni Misael, orando pela Psicóloga Marisa Lobo, e torcendo para que os “agentes secretos” de Jesus vivam o Evangelho integral, sem dicotomia, sendo sal e luz não só dentro da instituição, mas também a partir do lugar profissional que Deus legou a cada um de nós. 

Ele mira no mosquito e acerta na luz

Por Antognoni Misael
Hoje andei pensando na importância da crítica nos sites e blogs cristãos. A cada post apresentado, a cada vídeo lançado, enfim, nota-se uma colossal divergência de opiniões sobre temas diversos. Isto é nada mais nada menos que um reflexo desse mosaico plural na igreja (sem identidade) brasileira.
Acontece que muitas vezes nós (blogueiros) ansiando um compartilhar de fé e de visões de mundo diversas, por hora soltamos o verbo na página da web. 

Vejo isso como necessário. Não tenho a menor dúvida! Nossa sociedade tem sido atacada ferozmente pelas farpas do liberalismo, hedonismo, relativismo, ao mesmo tempo transformando-se em uma comunidade superficial, cujo pensar está cada vez aprisionado a um ortodoxo ritmo de vida onde o consumismo é a bola da vez. “Consumo, logo existo”.

O que venho pensando recentemente se dá quando o blogueiro, tomado por uma “ira bem intencionada”, imagina ter algum poder “criptonitaniano”  de causar uma revolução em um certo número de pessoas. Daí, ele olha para o seu texto, imagina-o como uma arma poderosa, mira no alvo específico, lança-o com todo furor e … (crashshshsh)

Ele mira no mosquito e acerta na luz. 

Apagão!

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Que os nossos blog’s sejam reflexos verdadeiros de quem somos, sentimos ou pensamos. 

Tibetano ateia fogo ao corpo antes de visita de presidente chinês à Índia

Manifestação radical é um protesto contra o regime da China no Tibete

Um tibetano ateou fogo ao próprio corpo em Nova Déli nesta segunda-feira (26), em um protesto contra a visita do presidente chinês, Hu Jintao, que chegará à Índia no final da semana para uma cúpula.


Fotos mostram o manifestante envolvido em chamas, antes de ser levado ao hospital com queimaduras no tronco. Não se sabe ainda a gravidade de seus ferimentos e estado de saúde.

O protesto acontece antes da visita da presidente Dilma Rousseff  à Índia, para participar da 4ª reunião da cúpula do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics).

Trinta tibetanos atearam fogo a si mesmos, a maioria no sudoeste da China, no último ano em protesto contra o regime da China no Tibete, de acordo com grupos tibetanos de direitos humanos. Pelo menos 20 deles morreram.

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Vi no Pavablog.

Seu Twitter mostra que você é uma nova criatura?

E no seu Twiter, será que as ideias correspondem aos fatos??
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Vi no Voltemos ao Evangelho.

"Eu sou a favor do casamento gay", revela Sandy em entrevista

Sandy abriu o coração em entrevista ao jornal O Globo, deste sábado (24), e declarou que é a favor da descriminalização do aborto, apoia o casamento gay e que não se considera uma atriz – apesar de sua participação na série As Brasileiras, ter sido protagonista da novela Estrela Guia e atuado em um seriado ao lado de seu irmão, Júnior Lima.

“Não posso dizer que me sinto diferente, nem que as pessoas tenham preconceitos contra minha pessoa como atriz, por um único motivo: eu não sou atriz. Eu estava brincando de ser atriz. Nesses momentos posso ser chamada de atriz, mas não tenho essa formação. Então, melhor eu não me encaixar muito para não ser comparada com as feras. Não tenho a pretensão de virar a Fernanda Montenegro da noite para o dia”, disse.


Em sua participação no seriado As Brasileiras, Sandy vai interpretar a protagonista do episódio A Reacionária do Pantanal, uma personagem com forte preconceito contra homossexuais, Questionada sobre seu posicionamento sobre o tema, a cantora disse defender a união entre pessoas do mesmo sexo.  

“Vejo como uma coisa natural. Sou a favor do casamento gay. Acho que todo mundo tem os mesmos direitos: de ser feliz. O problema maior hoje é a homofobia, crime hediondo, cruel. A gente, às vezes, fica focada nos grandes centros, e esquece que no interior do país, nos redutos atrasados, a homofobia está presente de forma muito mais selvagem, diante da ausência do Estado”, explicou.

A cantora também surpreende ao defender, em termos, a descriminalização do aborto. “Aborto, sob o ponto de vista jurídico, é crime. Eu defendo a descriminalização, principalmente quando a gravidez representa risco para a mãe ou o bebê”.

Sobre sua religião, ela revelou não ser praticante, apesar de batizada na igreja católica. “Eu me casei na igreja católica e luterana, que é a do meu marido. Não sou a favor de alguns preceitos da igreja. Sou contra o celibato, por exemplo, e acho muito retrógrado não usar camisinha”.

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Fonte: Vírgula Uol.

Pastoreio Feminino – Por Augustus Nicodemus

Bastante esclarecedor não é? Imaginem um relacionamento onde o homem é o cabeça no lar, mas ao entrar no templo vê sua esposa ser a líder. Alguns defendem o pastoreio feminino na pífia afirmação de que Deus não é machista. Pois é, Ele pode até não ser machista, mas para liderar a igreja, deu folga a mulher quanto a esta função, em contrapartida incumbindo outras de grande importância.

SERTANEJO UNIVERSITÁRIO GOSPEL!

Nada contra o Sertanejo Universitário. Gosto é gosto. Mas, observo que foi-se o tempo em que a arte cristã influenciava a cultura secular a ponto dela imitar os modelos cristãos – o caminho inverso parece ser mais cômodo atualmente. Infelizmente hoje o que não falta são cópias fiéis dos astros seculares no meio evangélico. Isto é preocupante! Pegando um gancho das palavras do Rev. Augustus Nicodemos via facebook, “as letras bobas, superficiais e não poucas vezes teologicamente erradas, os gestos superficiais de enlevo dos cantores, a tentativa de imitar as bandas populares” também me fazem acreditar que vivemos uma época de crise de identidade na música evangélica, salve um clã diferenciado que habita nos guetos aparentemente menos atrativos.

Teologizando entre Fraldas, Mingaus e Fisioterapia

Por Jofre Garcia
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles 
que amam  a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”
(Romanos 8.28)

Tento fazer teologia na dificuldade de rotina.
Não é muito fácil, tendo em vista que o teologizar cristão é a profunda unidade entre o crer e o pensar, sem distinções dimensionais como o platonismo e o neo-platonismo tanto alardeavam em suas exposições. Além do mais, este “crer e pensar” ou “pensar e crer” precisa ser despejado como prática de vida e na vida, e não apenas ser uma disposição filosófica inerte, com seus eternos pressupostos e suas indagações constantes.
Há de sempre requerer tempo, disposição, dedicação e disciplina no eterno aprender da Palavra de Deus para um viver abundante.
Às vezes o Caminho do Senhor em nosso caminhar de existência nos revela necessidades de reconstruções, revalorizações, redescobertas e descobertas de não haviam encontrado a guarita em nosso ser cristão.
Então, em meio as minhas mais atordoantes crises de fé, em meus questionamentos espirituais. Enquanto buscava respostas para minhas buscas infantis veio o atropelamento.
– Schhhhhhhhhhhh..trás!
Tudo tão rápido!
Um instante!
Alguns segundos.
E lá estava minha esposa aos gritos. Tive apenas escoriações, mas ela…
Hospital. Diagnóstico negativo. Cirurgia. Longa recuperação.
Em casa, tive que me afastar do trabalho para cuidar dela, dos meus dois filhos – um com quase dois anos – e do lar.
Precisava manter minha disciplina de leitura, meditação e exercitar o escrever o pensar para não perder a prática. O problema foi que agora, já não havia tempo para meus questionamentos, o menino chorava: hora do mingau! A filha precisava de atenção e cuidado, além de não poder desgrudar nem um pouco de minha esposa, devido o trauma pós-acidente e pós-operatório lhe causava insônia e desânimo, e também havia o problema da difícil recuperação da capacidade de andar.
E assim, fui transformando toda e qualquer horinha em momento para exercitar a leitura e a meditação.
Oração era todo tempo, mas, muitas vezes trancado no banheiro para derramar-me ante o Senhor e não deixar que vissem minhas lágrimas e isso de alguma forma ser negativo.
E então, entre fraldas, mingaus, conselhos – para a filha mais velha – e longas sessões de fisioterapia pude perceber o quanto de tempo perdi no redemoinho das mais tolas questões.
Perdi tempo questionando Deus, quando deveria amá-lo de todo o meu coração, força e mente.
Perdi tempo questionando o evangelho, quando deveria estar fazendo discípulos.
Perdi tempo discutindo o sexo dos anjos, quando deveria estar proclamando a Boa Nova.
Perdi tempo me rotulando e alindo-me em guerras do passado, quando deveria amar o próximo e suportar os débeis na fé.
Perdi tempo construindo um “evangelho” que eu entendesse, enquanto deveria absorver a Graça e o Amor infinito de Deus.
O Salmista afirmou que lhe foi bom passar por aflição, porque lhe trouxe ensinamentos (Salmos 119.71).
Agora vejo como Jó, e me humilho no pó que sou, sabendo que o Senhor em seu Ser não pode ser adequado em nossos “pensamentozinhos”, Paulo já nos diz em Romanos 11.33-36, e em outro lugar a Palavra afirma: “Eu é que sei que pensamentos tenho a teu respeito” (Jeremias 29.11).
Aprendi com a escola de Deus: a vida e as tribulações, que forjaram minha confiança n’Ele. Aprendi que a graça e a misericórdia do Senhor, não são apenas belas palavras bíblicas, mas uma realidade que ajudam no amadurecer da fé, amor e esperança.
Em tempo:
Faço um excelente mingau, quebrei qualquer barreira de relacionamento com a minha filha, nos aproximamos e nos auxiliamos, cerquei de carinho e cuidados a minha amada, descobrindo um no outro uma força inimaginável.
Deus atuou em seu corpo, sua recuperação foi considerada um milagre pelos médicos que a assistiram. E
Deus sarou seu coração, chorei quando em oração, junto com Cláudio, meu pastor, ela perdoou o motorista.
Faço teologia profundamente arraigada na fé inegociável no Deus que nos conduz em triunfo.
Lembrei até da grande escritora Clarice Lispecto, que em certo texto, afirmava que construía sua literatura
em meio as rotinas diárias de uma dona de casa.
Em Cristo, que nos faz compreender depois.
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Jofre Garcia é presbítero, e faz um ótimo mingau teológico. Colabora com o Arte de Chocar e é editor do Auxílio do Alto.