Em 30 minutos, Edir Macedo fuzila Valdemiro na #GUERRANADASANTA

A #GuerraNadasanta foi o assunto da noite (18/03/2012). Desta vez, a emissora de Edir Macedo separou meia hora do seu programa para fuzilar o tal apóstolo Valdemiro Santiago. O assunto principal da reportagem foram às denúncias de irregularidades no que diz respeito ao uso das finanças da Igreja Mundial do Poder de Deus. Coisa que a IURD dá aula faz tempo (tipo…meu nome é Misael e o gato bebe leite, entende?)


Neste novo round dos dois ‘magnatas da fé’ o que ficou em questão não foram as autenticidades das curas, dos demônios, dos lenços ungidos ou suor miraculoso, mas simplesmente, a grana, o poder e a ostentação que ambos insistem em exuberar.

Sabe aquela velha historinha do discípulo atacando seu antigo mestre? Que trama envolvente!! É…chegou-se a um nível extremo de avacalhação, baixaria, cujas últimas gotas de nojo despejam sem mais nenhum esforço, onde basta só olhar pra cara desses dois elementos e se controlar pra não explodir de furor. #Picaretas!!

Mas… o que nos alivia é saber que “O MAL POR SI SÓ SE DESTRÓI”, e nesta #Guerranadasanta as primeiras etapas já estão em evidência, veja:
http://videos.r7.com/r7/service/video/playervideo.html?idMedia=4f6679e73d14f14d770485eb&idCategory=61&embedded=true

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Antognoni Misael, adorando ver o mal por si só vai se destruindo, diante das sujeiras desses covis milionários. 

O que penso sobre os debates acerca de Ricardo Coutinho nas Redes Sociais

Por Antognoni Misael
Esses últimos embates sobre as decisões e posturas do Governador da Paraíba Ricardo Coutinho nas redes sociais são interessantes, mas chegam a me confundir um pouco!
Cada da um reclama a partir do lugar que está inserido (óbvio). Cada “classe” (que é super fragmentada) briga por sua melhora e/ou manutenção de autonomia. – CONCORDO!
Outras “classes” não se envolvem no debate, pois não fazem parte dela e não conhecem suas leis e regimentos internos. – CONCORDO!
Outros segmentos agradecem por melhorias e torcem por uma gestão que traga também melhorias a outros segmentos da sociedade. – CONCORDO!
* A discussão é boa, mas notemos que se cada setor da sociedade paraibana disser: “não sou pelo político A ou B, mas por minha instituição”, logo concluiremos, que se tal governo promover benefícios na maioria dos segmentos, e mesmo sendo “soberano” e inflexível com outros, ele no final terá uma aprovação popular e será reeleito. #FATO!
Sempre houve aberrações e todos são super parecidos (uns mais organizados em suas corrupções, outros menos):
Maranhão colocou o exército contra a Polícia Militar na década de 90 e foi soberano (Dono do Poder)!
– Cássio usou da máquina pública escrachadamente distribuindo cheques moradia pra ser reeleito! (Dono do Nosso Dinheiro)
– Ricardo tem sua veia centralizadora e acaba não agradando a muitos… (Dono da Verdade)
Não sejamos bobinhos, defendendo-os….Apenas não confundamos o debate, e deixemos que cada um brigue por seus direitos, a partir de suas realidades. Porém, espero que não voltemos ao baixo nível de debate ocorrido nas últimas campanhas pra Governo onde Deus o Diabo foram pegos de surpresa. #RÍDICULO
Senhor Ricardo Coutinho, como Policial Militar: “valeu pelo aumento de 250 Reais no meu contra cheque” (os de Cássio e Maranhão não passavam de 70 a 90 Reais)
Mas, Senhor Ricardo Coutinho, como Aluno da UEPB: Quer bagunçar é mano!

Deus: eu uso, abuso, e Ele ainda me serve assim…

Deus como eu te amo!
Sou apaixonado por Ti!
Estou neste emprego de luxo porque tivestes misericórdia de mim
Tenho um belíssimo carro porque tua graça me basta
Vivo sem doença porque não falto a um culto
E minha conta bancária só vive engordando porque sou dizimista!
Deus… Infelizmente tem gente que não sabe te usar. 
Eles não querem de volta o que o diabo roubou! 
Pelo contrário, alguns crentes ficam lendo a Bíblia demais,
E querem te reduzir a folhas de papel!
Deus, Tu és maior que a compreensão humana!
Por isso a minha experiência contigo vale mais do que mil palavras nas escrituras.
Pois quando te sinto, me arrepio, choro, me derramo…
Me jogo nessa vibe só pra saber o tens preparado pra mim.
Na verdade Deus…Quero te confessar…
Não sei se já percebestes… eu sou um adorador extravagante!
Uso as melhores roupas,
Me alimento nos mais caros restaurantes.
Pois sei que a Tua luz resplandece em mim por onde quer que eu vá
E tenho certeza que todos vêem que eu sou diferente…
Que sou bem quisto na sociedade,
Que faço viagens por exterior,
Que tenho aparelhos sofisticados, 
Pois sempre ando na frente de todos quando o assunto é bens de consumo,
Que fico em hotéis 5 estrelas,
Que enfim, sou cabeça e não cauda.
Só peço desculpas, Deus, porque não curti muito aquele teu livro…
Tu sabes né!? O que quero é ser Feliz contigo! Isso é tudo.
Aliás, como disse antes, sempre vou a igreja,
E lá louvo com muita intensidade e entrega as canções famosas.
Choro quando a pregação é emocionante,
Volto pra casa satisfeito porque tenho certeza de que me recompensarás.
Enfim…Deus…sabe o que é que é… tenho o pedido do mês!
Minha esposa vai fazer uma plástica nos EUA pra ficar gostosona pra mim.
Te peço Deus, “usa aquelas mãos do cirurgião! Tu és o Médico plástico das plásticas”!
Outra coisa também Deus… Tô pensando em comprar uma casa na praia…mas falta grana!
Imagina aí Deus… uma mansão à beira mar pra mostrar aos ímpios o Teu poder!
Deus, como diz a canção: “ mestre eu preciso de um milagre”! Faz um milagre.
Reconheço – às vezes peço demais!
Eu uso, abuso, e sei que sempre me serves assim…
Por que tuas mi$ericórdias duram para sempre
E a Tua gra$a me basta.
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Antognoni Misael. 
São 14h00min, não dormi, e meu lado subversivo gerou essas frases insanas.

O problema da língua nervosa

                                                                                          Por Antognoni Misael
Este texto aborda o velho problema das línguas chamadas línguas estranhas. O fato é que desde que me conheço por gente encontro pessoas declamando verdadeiras frases esquisitas afirmando ser um momento de unção espiritual. Esta semana, de dentro do meu quarto ouvia uma pregação ocorrida em via pública cujo ministrante externando veemência e vigor tentava construir frases evangelísticas, mas que no meio delas, aparentando ser interrompido por uma “força divina”, inseria frases tipo “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” (aproveitando este parêntese, alguém já conseguiu decifrar o significado do “cânta-lá”, visto que parece ser um dialeto comum nos ritos (neo)pentecostais?) Ops!! – Aqui já reconheço que a Teologia não desenvolveu um departamento de linguística espiritual para desvendar e/ou interpretar certas expressões.
O que acontece sem sombra de dúvidas é que quando uma pessoa expressa tal dom (ou habilidade, para os que não crêem na contemporaneidade dos dons) na maioria das vezes ela perde a racionalidade do culto (Rm 12:1) e praticamente rasga os ensinamentos bíblicos. Ou seja: – a Bíblia que se vire! O que vale é que apareça o meu “espetacular dom de línguas”!
Para muitos, o falar em línguas representa um toque especial de espiritualidade, mas para o apóstolo Paulo, não. Ao escrever para a igreja de Coríntios – uma igreja de carisma e sem caráter – advertiu que ainda que ele falasse a língua dos anjos, de nada valeria, além de afirmar que preferia falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras desconhecidas.(1 Co 14:19); afinal muitos dos cristãos de corinto comumente exibiam seus domínios de línguas pátrias a frente da igreja, lendo e orando em outras línguas, porém sem que a Eclésia compreendesse.
Em nenhum momento das escrituras vejo Jesus dando um sermão recheado de expressões estranhas; em nenhum momento vejo João, Pedro ou Paulo dando demonstrações de espiritualidade através de frases sem nexo algum.
Quando me interrogam sobre o falar em línguas estranhas, sempre respondo, sei um pouquíssimo de inglês porque fiz um curso intensivo, contudo reconheço que Deus não me presenteou falar em mandarim através de uma iluminação instantânea. Não tenho este dom. Reconheço.
Mas estou cansado dessa hierarquização espiritual. Quem não fala em línguas não é cheio do Espírito? Aonde tem isso na Bíblia? Chega de tanta invenção! O maior exemplo desse exibicionismo sem sentido ocorreu dentro na igreja de Corintos, então me respondam por que ainda se comete este mesmo erro hoje?
Línguas Estranhas não é vídeo game ou karaokê pra ninguém sair por aí “cantalabailando” o Evangelho de Deus.
Veja que Paulo:
1) disse que quem fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus (1 Co 14:2-4). – Portanto desligue a língua nervosa quando não estiver edificando ninguém, caso contrário estará confundindo o culto;
2) aconselha que bem melhor que falar o idioma estranho é pregar a palavra, pois o dom de profecias é bem maior do que o de línguas (1 Co 14:5). – Isto quebra a noção hierárquica de que se tem que falar línguas para crescer espiritualmente.
3) adverte que se use a língua para pronunciar palavras inteligíveis, visto que como se entenderá o que se diz? (1 Co 14:9) – Falar palavras estranhas seria como falar ao ar. 
4) adverte que todo dom precisa ser para edificação da igreja (1 Co 14:12). – Que se acabe o exibicionismo!
5) ratificou que o ato de orar, adorar ou cantar precisa ser feito com entendimento para que o próximo possa concordar (1 Co 14:14-15). – Como dirão amém se as línguas estranhas tomarem conta do recinto?
6) prefere falar cinco palavras inteligíveis, portanto, por que fazer um show de “unção” lingüística que ninguém compreende? (1Co 14:18-19) – Não sejam egoísta, falem de Jesus de forma clara e objetiva!
7) não usava a língua nervosa inconseqüente, além de afirmar que aplicada de forma incorreta provocará escândalo. (1 Co 14:23) – Portanto é bom fazer o uso correto do microfone, principalmente em cultos de rua. Chega de tanto “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” pra endoidar os descrente!!
8) enfatizou outra coisa importantíssima: se for falar em língua desconhecida, deve-se falar no máximo duas ou três pessoas, e por favor… sem intérprete não dá né? (1Co 14:27-28) – Ôh thurma das línguas, controle a língua nervosa, e caso não encontre um poliglota para interpretar, não desobedeça a palavra: Cale-se!
9) ainda ratificou que os espíritos dos profetas estão sujeitos a estes, e não vice-versa (1Co 14:32) – Não me venham com a desculpa de que entrou em transe e falou em várias línguas sem perceber.
10) não proibiu o uso das línguas desconhecidas, assim como não é isto que estou dizendo no texto. (1 Co 14:39-40) – Mas se realmente você tem esse dom, use dentro das ressalvas bíblicas e observe se tal língua é útil para edificação da igreja.

Globo, Gospel e Silas Malafaia: o rei, o príncipe e o bôbo

Por Antognoni Misael

Silas Malafaia é uma realidade no cenário evangélico no Brasil. Pastor, psicólogo, e de talento empresarial, Silas tem se revelado nos últimos anos um exímio estrategista. O homem de duas faces (com bigode e sem bigode) parece ser descendente de uma espécie rara de camaleão.

Minha indignação com este cidadão possui tamanha amplitude pelo fato de antes ter acompanhado e aprovado seu ministério – isto, claro relacionado ao antigo Silas, aquele de voz coerente e que abominava a teologia da prosperidade e outras heresias.
Sinceramente não consigo conceber que vida ministerial e poder consigam viver em harmonia. O ser humano raramente administrará a ganância do seu coração! (Mt 6.19-21). Contudo Silas vem ganhando espaço, e além de seu potencial bélico evidenciado por sua astúcia, ao que parece, projeta uma verdadeira estratégia de ataque para deter em suas mãos a maioria evangélica no país.
Sua estratégia não se esconde debaixo de sete chaves. Meses atrás revelou seu grande alvo: chegar à Globo! Entretanto de uns tempos prá cá ele já deu fortes indícios de que é um verdadeiro camaleão.
Conhecido antes por sua postura de total aversão a teologia da prosperidade e americanismo gospel, em 2009, de olho no lucro, manutenção e ampliação de seu programa televisivo, passou a pedir R$ 900,00 por fiel (que segundo o pastor americano Morris Cerullo, era devido o ano ser 2009) – em 2011 o valor sofreu reajuste, agora R$ 911,00, alegando ser o valor correspondente ao ano de 2011- Pura picaretice!!
Quem lembra da última eleição presidencial (2010) onde Silas desistiu de apoiar a candidata Marina Silva (PV) para abraçar os Tucanos sob desculpa de que as “posturas pessoais” desta sobre determinados temas não eram seguras, corajosas e coerentes, divergindo com suas convicções religiosas? Dizia ele em seu micro-blog:  “Sai do muro irmã”! – Coisa que ele até hoje não fez ao querer servir a Deus e a mamon!
Ainda em 2010, se convencendo de sua independência, se desligou da CGADB e legitimou sua denominação Vitória em Cristo a qual ambiciona torná-la numa gigante no cenário nacional.
Para alcançar seus fins, Silas é capaz de tudo, como por exemplo, vender indulgência moderna. Em uma das suas piores performance induziu os desempregado e os que pagam aluguel que oferecessem uma semente, de abril até dezembro, em forma de “trízimo”, em prol do sonho da casa própria e de outros recursos – um toma lá dá cá em nome de Ge$$ui$. Um verdadeiro assalto e manipulação das mentes humildes e ingênuas.
Quando na defesa da PL 122, criticou os cantores do gospel, acusando-os de omissos e descompromissados, contudo, numa virada de jogo, sendo oportunista e estrategista voltou a defendê-los quando Edir Macedo deu declarações polêmicas chamando-os de endemoniados – Bater na Record tornou-se uma boa estratégia para quem sonha estar na Globo.
Sua mais recente jogada se deu no Festival Promessas, onde passou a divulgar intensamente durante os dias que precederam, apoiando com veemência o espaço global conquistado pelos “astros” gospel, afinal é isso que ele sonha. Após ter criticado abertamente a Globo (anos atrás), fez política no Twitter ao demostrar admiração pela emissora por ter aberto tal espaço: “Vamos explodir a audiência da rede globo no domingo às 13h!!! O nome do Senhor será glorificado!! 1 hora de louvor e adoração!!”.

Durante a transmissão do Festival, Silas aparecia nos intervalos das apresentações vendendo seus modelos de Bíblia e propagando a Editora Gospel. De fato ocorreram três situações: enquanto o Rei (a Globo) ganhava audiência e cumpria mais uma etapa de sua estratégia de captação de mercado evangélico, o Príncipe (o Gospel) se deslumbrava por estar na maior emissora do país sob a utopia de ganhar o Brasil para Cristo, e o bôbo (Silas) realizava seu sonho de estar no maior palco midiático do país fazendo dos seus poucos segundos de fama uma tentativa de ampliação do seu mercado gospel. Será se ele é tão bobão mesmo!?

O que o dinheiro e o poder não fazem hein!? Só sei de uma coisa: o mercado gospel está em alta, e certamente a Globo vai comer a maior fatia desse bolo. Resta saber se o bôbo estará do lado do Rei, ou somente beliscando as migalhas que caem de sua mesa.

Mami e Papi: "eu não sou gay"!

Por Antognoni Misael

Alguns teóricos sugeriam que havia uma evolução humana e que ela se projetava num progresso biológico, social, político e econômico em prol de um fim: uma sociedade igualitária e socialista -seria uma revolução do lado de fora. Contudo, as previsões foram surpreendidas por uma década que agitou o mundo: 60 -“Sexo, drogas e rock in Roll” – e o que se experimentou a fundo foi um revirar em busca das satisfações de dentro: um “Le it Be”!

Aquele ser humano centralizado, regido pelo “poder disciplinar” das instituições, da cultura nacional, e formatado nos moldes do moralismo da época passa então a viver em busca dos interesses de grupo e identidade – chegamos a tão estranha e imprevista pós-modernidade.
Contudo o que me preocupa nos dias atuais são os tais pressupostos dela. Aonde ela quer chegar? (Neste aspecto falo especificamente da sexualidade)

Para não confundir sua mente veja o vídeo, tome suas conclusões, reflita e opine.

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Vídeo e texto são complementares. Portanto não tire conclusões sem assistir o vídeo.

Festival Promessas: presente da Globo ou fraqueza do "Gospel"?

Por Antognoni Misael 

Após exercer sua pedagogia entorpecente de viciar as irmãzinhas em suas novelas, cauterizar os “irmãos crentassos” no futebol do domingo a tarde e de uma forma geral, apreender a atenção do “rebanho gospel” nas noitadas dos Big-Brother’s, a Rede Globo presenteia a massa evangélica com uma programação específica – “O Festival Promessas”. Ufa… Que bom! Agora a boiada crente não precisará se desviar para as programações seculares da Globo, muito pelo contrário, abandonará os programas perniciosos para tão somente se voltar aos louvores cantados pelos representantes do “Gospel” nacional. – Será?!

Para uma grande maioria de cristãos, a presença dos “astros” do gospel na telinha global significou uma vitória e um marco na história da música evangélica. – Eu não acho nada disso!! Não pelo fato de se estar nela, mas pela forma e circunstâncias de como isso está ocorrendo. Se antes de serem globais, o “brilho” desses astros já extrapolaram o exclusivismo, estrelismo, e valor de mercado, imaginem agora o quanto o passe desses abençoados serão valorizados? Fico pensando… quanto custará um show do “Davi Sacer global” após o Troféu Promessas? Ou, o quanto custará uma ministração da “Ana Paula Valadão global”?
O que trago abaixo são algumas considerações vistas a partir do meu lugar social:
A Globo não está interessada em divulgar o Evangelho de Cristo – seu núcleo é abalizado numa crença mística entre espiritismo e ocultismo.
Após perceber o crescimento substancial dos fiéis da IURD, os quais (in)diretamente contribuem para enriquecimento da emissora, logo cuidou de entrar nesse campo de disputa onde o fator religioso passa a ser determinante para exercer o domínio sobre as massas.
Ao perceber que a população evangélica já chega aos 15% do total no Brasil, tornou-se sensato montar uma estrutura de consumo (programações, produtos, CDs, livros, shows, etc.) para esse percentual. – Quem duvida que num futuro próximo não exista um Big-brother só para crentes? (#PREMUNIÇÃO)
A marca “Gospel” tem se mostrado bastante rentável. Isso fez com que a Som Livre, rapidamente fechasse contrato com algumas estrelas do segmento. Nesse pano de fundo, também se comporta a disputa de gravadoras da Record x Globo.
Essa situação gera desconforto no sentido de que a Globo, uma vez que conectada a Som Livre, formatará metas de venda e valorização dos seus produtos, agenciando sempre que lhe interessar, a utilização dos seus parceiros de contrato em aparições em programações diversas, manipulando-os e usufruindo-se do relativismo religioso que tanto se adequa a diversidade religiosa das massas.
Já os queridos astros, na desculpa de que estão levando a Palavra a Nação, correrão sérios riscos como: apresentar um Evangelho distorcido, adaptado, relativo ( a exemplo do que ocorreu com Ludmila Ferber no Faustão), cair na tentação de propostas comprometedoras, passar por vexames , situações indesejadas, ou tornarem-se até mesmo paparazzos de Gezui$ (…) e por aí vai um tanto de possibilidades.
Como a Globo se interessa somente por uma música comercial estandardizada – basta notar os comerciais do vários artistas do sertanejo universitário (mais do mesmo)  – cuja estrutura decorre de uma padronização, e ao mesmo tempo possuindo detalhes que as diferenciem uma das outras, como um ritmo ou uma letra, percebeu no gospel comercial essa capacidade de produção-consumo padronizado e pretende levar a sério esse mercado.
Canções do gospel são facilmente identificáveis pelo ouvinte, não requerendo esforço ou atenção concentrada no seu processo de escuta. Isto é, que através do método da repetição, alojam no público as frases e refrões de efeito, e num segundo momento, celebram o sucesso e legitimação dos seus hits a exemplo do “entra na minha casa…”.
Os talentos “globais do gospel” se inserem nessa lógica de estandardização, e neste caso, a fórmula atual é cantar sobre milagres e promessas, para isso já há o chavão comercial que reforça as estratégias de mercado: “Você adora, a Som Livre toca”. Fico pensando: quem está se aproveitando de quem? – Não dá pra ser tão nonsense acreditando que a Globo foi tão comovida pelos mantras! 
Por último, em meio a toda essa engrenagem que envolve mídia, gravadoras, audiência e lucro, existe o desejo ínfimo destes artistas globais de (…) glorificarem a Deus.
– Pra encerrar, quero deixar meus pêsames aos queridos irmãos e grupos: Stênio Marcius, Jorge Camargo, Tiago Vianna, João Alexandre, Crombie, Josué Rodrigues, Nelson Bomilcar, Baixo e Voz, VPC, Grupos Logos, Carlinhos Veiga, Gladir Cabral, Gerson Borges, Carol Gualberto…  – Galera, não deu pra vocês dessa vez! Aliás, quem são vocês mesmo?

Antes sucesso no mundão, cantor de forró agora canta: "Meu paredão é de Jesus"

MúPor Antognoni Misael

Mais uma vertente musical vem se destacando nos autofalantes do Nordeste evangélico: é o forró eletrônico. Faço menção aqui do grupo “Expresso Pentecostal”, que não deixa de ser uma réplica do forró estilo “Calcinha Preta”, “Limão Com Mel”, etc., e que vem sendo alternativa comum em festas, retiros e comumente figura como fundo musical no cotidiano dos sons dos automóveis convertidos.

Mas o destaque 2011 fica para batida envolvente do tal “Forró do Felipão”, ‘ex-forró moral’. Felipão, que antes compunha o rentável mercado do forró de plástico e realizava várias turnês por todo Norte/Nordeste levando “cachaça e pegação” à moçada, após se declarar um nova criatura, decidiu se manter na vertente musical de origem e inserir letras demasiadas “cristãs” – agora, diferentemente ele leva Jesus e Salvação!
Com o seu sucesso mais conhecido, “Meu paredão é de Jesus”, o irmão tem causado polêmica entre a opinião de grupos evangélicos: ‘conservadores versus estrategistas’ – afinal o som do Felipão é evangelístico? Ele se faz de louco pra ganhar os tolos? (isso é outro debate!) Entretanto, sem fazer juízo de valor, até porque não conheço a bem o “Forró do Felipão”, o que me preocupa é observar que no pretexto de se ganhar pessoas para reino, a música dita cristã, chegue a profundos níveis de pobreza poética, letrista, instrumental e teológica.

Não simpatizo de forma alguma com a “proeza” de se ter no nosso meio, réplicas de gente com tanto mau gosto. Vivemos numa democracia – Certo!, mas não somos obrigados a achar belo o que não se reconhece como ridículo. Outra coisa, não me venham com a desculpa de que Deus o usa grupo A ou B – claro que Deus usa quem Ele quer, se usou uma mula, obviamente poderá usar humanos, dos mais pífios aos súditos. Mas isso não significa aprovação; alguém pode ser usado sem portanto obter aprovação do Senhor. (A Bíblia é cheia de exemplos assim!)

Seguindo a tendência atual de decadência musical evangélica, certamente logo teremos algumas versões de uma suposta “Garota ex-safada”, “Aviões do Forró Gospel”, “Calcinha  ex-Preta (mas agora Branca como a neve)”, “Luan Santana do Senhor”… Aliás depois que a marca do gospel mostrou pra que veio, muita gente promete estrear com pé direito ne$te mercado de GeZui$$. Não esqueçamos, o cantor Latino dias atrás profetizou que logo logo virá!! #Aleluia!!

Caroline Celico se defende de críticas após ter abandonado Igreja

Criticada após explicar os motivos que a levaram a se afastar da Igreja evangélica, Caroline Celico resolveu usar o seu Twitter neste sábado (5) para se defender.

“Tem muitos religiosos me criticando pelo meu relato individual de escolha e experiência própria. Religiosos que falam contra a religiosidade , mas que não são nada diferentes dos proprios religiosos e fariseus que Jesus veio desagradar. Mesmo vocês sendo minoria, vou colocar minha opinião com respeito a vocês. Deveriam ficar mais preocupados com o ‘rebanho’ de vocês, do que com os que não vão acabar frequentando a Igreja de vocês. Deus cuida de cada um, e não vai me cobrar pela livre e espontâne escolha de cada um. Cada um que está de pé cuide para que não caia”, comentou a mulher de Kaká.

“Cuidado com a intenção do seu coração, a raiz dos seus sentimentos, pois Deus é que olha e conhece cada um deles, não se vou em uma ‘Igreja’, e sim se sou a Igreja. Estou feliz pois minha Igreja é mais que meu lar, é onde estão dois ou mais reunidos em nome Dele, e isso acontece muitas e muitas vezes por dia em minha vida”, completou Caroline.
Entenda a polêmica
A frase que desagradou aos seus seguidores mais religiosos foi proferida durante uma entrevista recente para um programa de televisão em que a cantora explicou porque não tem mais frequentado a Renascer em Cristo.
Não sinto mais vontade de ir à igreja, não gosto de rótulos. Hoje, sou seguidora de Cristo. O tempo que passamos lá na igreja foi bom, não me arrependo. Aprendi o que devo ou não fazer”, disse a mulher de Kaká na ocasião.
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Vi no http://impactodagraca.blogspot.com/2011/11/caroline-celico-se-defende-de-criticas.html 

A invenção do gospel no Brasil

Por Antognoni Misael

A década de 90 foi sem dúvida a década do crescimento para os evangélicos no Brasil. Crescia uma igreja de face, até então, desconhecida, mas que participava de uma dinâmica fragmentadora inerente do fenômeno da globalização e que assistira o recente triunfo do capitalismo sobre o socialismo. A indefinição evangélica decorria da chegada de vários segmentos religiosos embarcados na chamada Teologia da Prosperidade, dentre eles os grupos neopentecostais e subdivisões dos pentecostais. Apesar disso, o aumento numérico foi estrondoso: de 1991 a 2000, o crescimento dos evangélicos chegou a superar em quatro vezes o crescimento da população do país (estes cresceram em 7,43% enquanto a população 1,63%).
Essa época viu esse segmento tomar espaços de mídia, fazer aquisições de redes TV, rádios, gravadoras, passando a ocupar um lugar de influência direta na vida social, cultural e econômica dos fiéis. Foi nesta mesma década que grandes gravadoras evangélicas se organizaram e passaram a abastecer e reger um mercado de música gospel, entretanto a própria marca “Gospel” teve sua patente comprada e registrada por um dos grupos neopentecostais (Igreja Renascer), portando assim uma representação imponente e promissora nessa indústria recém-formulada e que ainda hoje se mantém numa crescente espantosa. O impacto dessa indústria cultural evangélica no decênio citado funcionou satisfatóriamente sob o epíteto do gospel que cuidou de imediatamente se aparelhar como uma organização econômica de produtos diversificados: artistas, Bíblias, grifes, livros, etc.  
Contrariando qualquer análise denominacional ou fundamentalista, o que discuto aqui é a importação do termo “gospel” para a música brasileira vide música gospel percebendo que enquanto produto cultural, ela pôde ser (re)inventada em outro tempo e espaço dentro de um mercado altamente lucrativo.
Para devido esclarecimento, chamo de “representações” os símbolos que são construídos historicamente e socialmente dentro da sociedade; sendo assim resta-nos resolver esse impasse quanto a significação do gospel no Brasil: sua representação tem a ver com a música spiritual negro, blues, jazz, underground? Certamente não. Veremos.
O termo “invenção” remete a descontinuidades, ao heterogêneo, ele está articulado muitas vezes numa estratégia, num projeto de grupo, e isso se evidencia logicamente quando percebemos uma chegada tardia do gospel na música brasileira sob a estranha composição sonora quanto aos padrões musicais e estéticos inerentes ao Gospel norte-americano.  Aliás, aqui já respondo o que indago no parágrafo passado: – O gospel no Brasil tem a ver com spiritual negro, blues, underground? – Não! Primeiro porque não tem absolutamente indícios de elementos musicais negro, segundo porque não porta um passado histórico radicado no sentido cultural da música; afinal nossos negros tinham igrejas protestantes? Faziam algum lundu ou maxixe evangélico?
A música gospel fez parte de um processo histórico e cultural no século XIX nos Estados Unidos através do “Grande Despertar”, um acontecimento que mesclou negros e brancos pobres fazendo com que estes pela primeira vez se unissem sob pano protestante, frenético e igualitário. Interessante notar que este acontecimento ocorrido não foi uma imposição vinda de cima, mas uma conversão em massa vinda de baixo elevando a música religiosa para um status de música do povo. Eric Hobsbawm (historiador) em sua obra História Social do Jazz (relançado em 1989) denota a religião protestante nos EUA como um reduto conservador do gospel, cuja preservação das características rudimentares dessa música recheada de traços de negritude se deu efetivamente: as canções de trabalho, o blues, o coral, etc., dando uma estética própria na então música gospel. Essa formatação se deveu principalmente ao fenômeno de urbanização onde as igrejas forneciam um pólo comunitário isolado importante para o “fazer” musical.
O gospel norte-americano tornou-se comercial? Sim, óbvio. Mas este processo cultural possibilita, entre 1930 e 1950, o gospel expandir-se pelo mundo além de explorar os truques, fórmulas, repetições rítmicas e padrões de canto e resposta. O gospel vide EUA passa a ser um produto elementar, no aspecto folclórico que tinha, porém apropriado, por uma indústria que o sofistica, o ressignifica como produto lúdico co-participante de uma época de forte venda de entretenimento. Mas, veja que isso não significou a anulação dos elementos de identidade desse estilo. Permaneceram, mesmo que moldados a uma fórmula. Particularmente, quando ouço Take 6, ou Mahalia Jackson, por exemplo, grosso modo sei identificar os elementos estéticos do gospel ali.
Por outro lado a música religiosa no Brasil contém processos históricos dissonantes com os ocorridos no norte da América. Do cantochão trazido pelos jesuítas aos hinos europeizados vindos nas bagagens do protestantismo, perpassado mais através de fontes orais do que documentais, a música religiosa aqui passa a adotar tardiamente o epíteto gospel (em meados dos anos 1990) – Por que isso ocorreu tardiamente? Por que não se chamava de gospel as produções religiosas dos anos 70/80, por exemplo? De certo esse gospel não significa do mesmo modo um blues ou um jazz brasileiro em seus componentes sonoros, mas sem dúvida, a invenção de uma marca de conotação comercial enquanto integrante de uma recém-indústria de música religiosa.
Temos uma música gospel? Sim temos. Mas vale salientar que ela é uma invenção; ela não participa dos nossos processos históricos. Ela existe por que surge dentro de um momento propício, ela surge dentro de uma estratégia, tendo nós como legitimadores.
Ser gospel no Brasil, lembre-se, não tem nada a ver com o som spiritual da Black music, underground, blues. Gospel aqui atualmente está mais pra Globo, Som Livre.