Tudo o que eu quiser o cara lá de cima vai me dar

Por Renato Vargens

Hoje me lembrei dessa famosa frase proferida pela Xuxa. Naquele mesmo instante fui  tomado pela impressão de que alguns evangélicos pensam igualzinho a rainha dos baixinhos, isto porque, bastam determinar a bênção que o “cara lá de cima” irá atender.


Pois é, a prática do decreto e da oração determinista infelizmente se tornaram comuns ao meio evangélico. Na verdade, em boa parte dos templos chamados cristãos é absolutamente normal vermos ou ouvirmos pessoas determinando a benção em nome de Jesus.

Os defensores deste tipo de oração fundamentam seus comportamentos no evangelho de João, capítulo 14, verso 13, afirmando que o termo usado como pedir foi mal traduzido, isto porque, segundo estes, a palavra no original jamais teve a idéia de pedir alguma coisa, e sim de determinar algo. Entretanto, ao contrário do que tais profetas afirmam, o texto grego aponta efetivamente para alguém que pede, sem contudo exigir o cumprimento daquilo que deseja. Ora, onde já se viu um filho determinar o que quer que o pai faça? Ou, de modo semelhante um servo ordenar o que deve ser feito ao seu senhor? O filho é submisso ao pai e o servo é submisso ao seu senhor. Se Deus é nosso Pai, então devemos honrá-lo como tal. Se ele é nosso Senhor, então a nossa postura deve ser de servos.

Infelizmente, boa parte das mensagens pregadas pelos pastores brasileiros nos apontam o quão despreparados estão nossos ministros. Suas mensagens são rasas, sem substância, empobrecidas teologicamente, cheia de modismos, unções, decretos, e determinismos os quais tem reverberado vergonhosamente em todo território nacional.

Amados irmãos não dá pra vivermos a vida cristã de profecia em profecia, de revelação em revelação, de decreto em decreto. Mais do que nunca, essa é a hora de regressarmos a Palavra de Deus, de redescobrirmos os seus preciosos tesouros, de fazermos das Sagradas Letras nossa referência de fé e de comportamento.

Que Deus nos ajude, e tenha misericórdia de seu povo!

Pense nisso!

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Fonte: Blog do Renato Vargens.

Deus odeia pecadores, e não somente o pecado!

Deus em si mesmo é justo. Deus é perfeito e consistente em todos os Seus Atributos. Para poder perdoar o ímpio a Justiça de Deus deve primeiro ser satisfeita, e a Ira de Deus apaziguada.

Alguém deve se interpor, alguém deve intervir, alguém tem que fazer alguma coisa e deve estar entre esses dois lados, Um que seja Deus e também homem.

Nós colocamos nossa esperança no homem, Deus mesmo deve intervir para satisfazer a sua Justiça, apaziguar sua Ira e tornar possível expressar seu amor na Salvação do homem perverso.

Deixe-me falar por um momento sobre algo que vai ser bastante ofensivo para você, vou falar um pouco sobre o Ódio de Deus. O Ódio de Deus

Responda essa pergunta: Quantos já ouviram um sermão sobre “O Ódio de Deus”? Com certeza poucas pessoas. Muitas pessoas podem dizer: “Deus não pode odiar, Deus é Amor!

A verdade é: Deus é amor, portanto, ELE DEVE ODIAR! Deus deve odiar?

Vamos dar alguns exemplos:

Você ama bebês? Se você ama bebês então deve odiar o aborto!

Você ama Judeus? Se você ama Judeus então você deve odiar o Holocausto!

Você ama a Liberdade? Se você ama a Liberdade você deve odiar a escravidão!

Não tem como ser neutro nessas situações, se você realmente ama o que é certo, o que é perfeito, o que é bom então você também odiará e se oporá contra tudo que contradiz aquele padrão.

Deus ama tudo o que é certo, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é bom, todas as virtudes, mas Escritura após Escritura na Bíblia nos diz que: “Sua Ira é manifesta contra toda impiedade! Rm 1:18” Sua Ira é manifesta contra toda impiedade!

Salmos 5:5 – Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade.

Todos devem conhecer aquela frase maravilhosa que diz assim: “Deus ama o pecador e odeia o pecado”, mas prestando atenção neste texto vemos que não é isso que a escritura diz! Este versículo não diz que o Ódio de Deus é manifesto contra as obras dos homens maus, e sim que “O Ódio de Deus é manifesto contra aqueles que cometem tais obras!”

O Ódio de Deus não é como o nosso sentimento pecaminoso, mesquinho ou egoísta, o Ódio de Deus é a reação de um Deus Santo contra os homens que são perversos! E quem são esses homens? Todo homem que já nasceu, um filho de Adão.

Algumas pessoas dizem: “Irmão Paul, Deus me salvou”! E quando as pessoas dizem isso eu amo perguntar:
“Do que Ele te Salvou?” “Ele me salvou do meu pecado” Porém eu respondo: “Errado, Deus não te salvou dos seus pecados! Ele te salvou dEle mesmo”.

Existem várias passagens que nos preparam para encontrar Deus. “Deus é Santo, “Ele não suporta iniquidade”, “Seus olhos são tão puros”, mas a Ira de Deus é revelada contra toda a Injustiça.

Imagine, você e os seus pecados encontrando um Deus Santo, a única resposta é: Ira. Mas Deus é Amor, isso faz parte do Seu caráter, Ele é capaz de amar, revelar e demonstrar amor para os alvos da Sua Ira. É como se com uma mão, Deus estivesse retendo Sua Justiça contra esse mundo e a outra clamando aos homens para vir de encontro a salvação. Mas um dia as duas mãos serão abaixadas.

“Céu é Céu, porque Deus esta lá”, isso é real e é verdade, mas o contrário não é verdade “Inferno é Inferno porque Deus não está la” não é isso que as Escrituras ensinam, o Inferno é a Ira de Deus Todo Poderoso, é a Sua Perfeita Justiça revelada contra o Homem por toda a eternidade.

Talvez você nunca tenha ouvido isso, porém, se você ler livros antigos descobrirá que isso é o que velhos pregadores sempre disseram. Hoje em dia pouco é falado sobre esse assunto e o motivo é: querem igrejas grandes!

Precisamos ser alertados! Todos os Homens precisam saber!

Deus estende a Sua Mão todos os dias para pessoas desobedientes e teimosas, mas, ao mesmo tempo a Ira de Deus está vindo sobre o mundo! Porque Deus é um Deus Justo e Santo.

Ao lermos o livro do Apocalipse vemos que a Ira de Deus virá de maneira tal que os homens, as grandes autoridades e líderes deste mundo clamarão para que as montanhas caiam sobre elas, para escondê-las da Ira do Cordeiro! Ap 6:16

Se você ainda não acredita na Ira de Deus pense nisso: Deus pode ser amoroso e não fazer nada contra a perversidade? Não. Deus pode ser Bom e hipoteticamente tolerar o mal? Não! Deus julgará todos os homens, grandes e pequenos.

Diante dessa situação a pergunta é: Como alguém pode ser salvo? A resposta é essa: A Cruz de Jesus Cristo!

O Cristo foi pregado na Cruz, e Ele morreu, e com Sua morte Ele satisfez a Justiça de Deus!

A Bíblia diz: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rm 3:23

A Bíblia diz: “O salário do pecado é a morte” Rm 6:23

Cristo se tornou homem, viveu uma vida perfeita, sob a Lei, foi pregado naquela Cruz e morreu a morte do Seu povo!

Morrendo daquela forma Jesus satisfez a Justica de Deus! E apaziguou a Ira de Deus.

Aceite a Jesus e viva de acordo com sua vontade, agindo assim você se livrará da Ira de Deus.

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Texto de Paul Washer, compartilhado pelo amigo e irmão Célio Linhares. Para complemento indico outro texto de Solano Portela.

5 pontos para se identificar um falso profeta

Por Antognoni Misael

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.”  (1 Timóteo 4.1)


O assunto pode parecer repetitivo. Mas não. Não pense assim! De fato, nestes dias onde em quase toda esquina ou canal televiso existe um redundante apelo às falsas profecias que não param de ecoar, não posso me considerar redundante. De forma alguma!

Mesmo morando numa cidade relativamente pequena, conheço muita gente que continua tentando fazer de sua experiência uma regra doutrinária de fé. Infelizmente isso remete a uma consequência séria das atitudes de falsos profetas.

Ao elencar os 5 pontos não pretendo instigá-los a sair “caçando” falsos mestres, mas simplesmente proponho que vos acautelai, e assim como os bereanos (Atos 17.11) busquem examinar se o que falam por aí realmente vem da parte do Senhor.

É comum os falsos evangelistas comoverem seu público com táticas, estratégias de auditório, recursos neurolinguisticos, porém sem nunca usarem o texto bíblico (ou quando usam, adaptam aos seus próprios interesses).

Estas “criaturas” sempre enfatizam o visível, palpável e material. Andam movidos pelo meio de se chegar a algo e não pelos princípios. Eles sentem, por exemplo, alegria em profecias, línguas estranhas, mas estranhamente não têm o mesmo entusiasmo quando na conversão de um pecador. 

São indícios estranhos, concorda? Mas vamos direto aos 5 pontos:

1) O que o falso profeta fala pode se cumprir, porém, ele conduzirá os fieis a práticas não-bíblicas [Dt 13.1-3] – Lembremos que esta observação é super relevante: não é a “profecia” que se cumpre ou não, mas o que mais importa ele está ensinando ao seu rebanho. Quando Cristo diz que é a videira verdadeira (Jo 15.1-5), certamente deve haver outras falsas, visto que as folhas (dons) não são determinantes para se constatar a veracidade, mas a raiz (ensino da Palavra).

2) O falso profeta certamente acrescentará novos ensinos a Palavra de Deus [Dt 18.20] – Vejam como alguns pregadores televisivos andam inovando e acrescentando doutrinas (“Unção Financeira dos últimos dias”, “Medida Extra”, “Unção da Meia”, “Desafio da Fé”, “Fogueira Santa, etc.) e tire suas conclusões.

3) O falso profeta tem aparência de ovelha [Mt 7.15]  – E realmente essa aparência convence, cativa, e aprisiona muitos fracos em seu cativeiro religioso. Os fieis sentem-se presos emocionalmente, devedores de dízimos, ofertas (a ele), e possuem uma gratidão exagerada, colocando o tal líder como uma espécie de “ungido privilegiado” cujo poder e orações são hiper-inspiradas pelo divino (um tipo de segundo intercessor). Geralmente ele é o centro da idolatria na vida dos fieis. “É Deus no céu e o seu pastor na terra”.

4) O falso profeta irá procurar fazer as mesmas coisas que Cristo fez, como se possuísse a mesma condição e posição [Mt 24.4,5,24] – Com certeza não é difícil localizar algum desse por aí que se diz ser o próprio Cristo em pessoa, ou talvez, que tente demonstrar que tem a mesma autoridade, domínio e poder sobre as pessoas e sobre o mundo.

5) O falso profeta usará “sinais” que servirão de engano para arrebatar o povo [2 Ts 2.3-9] – O interessante é notar que tais sinais também acompanharão as curas e milagres, contudo vale salientar que tais obras, embora parecendo ser algo bom e operado pelo próprio Deus, na verdade não é. Deus chama estas obras de iniquidade (veja em Mt 7.21-23), logo quem as comanda são os demônios.

O falso profeta rouba a Graça de Deus, aprisiona seus seguidores. Ele quer devorá-los, escravizá-los pelos sinais, propostas de curas e bem estar terreno. Note, jamais um falso profeta se valerá do Sermão do Monte (Mt. 5) e ensinará aos seus fieis as bem aventuranças; jamais pregará Cristo crucificado; jamais pregará que temos algo melhor na glória celestial.

Conclusão final. Se alguém porventura se enquadrar em apenas um desses pontos, não duvide, a Bíblia o intitula como falso profeta!

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Texto baseado na Palestra do Pr. Robson T. Fernandes no evento da Vinacc.


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Ao dizer que tudo é relativo, crio o absoluto, mas cadê a Verdade?

Por Antognoni Misael

“Se permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8.31b-32)

Esta passagem nos é oportuna visto que vivemos numa época chamada de pós-modernidade onde um de seus maiores clichês é afirmar que a Verdade absoluta não existe. Tudo é relativo! Portanto Jesus Cristo, a mais de dois mil anos nos deixou esta revelação de que a VERDADE existe, e ela tem um poder extraordinário: o de Libertar o homem.

Talvez você não tenha compreendido realmente o porquê dessa época ser pós-moderna. Ou talvez nem acredite nesta teoria, ou a considere distante de sua realidade. Mas o que ocorre, de fato, é que nós, muitas vezes sem percebermos, estamos sendo influenciados por tal concepção.

Antes de tirarmos algumas lições do texto eu queria fazer uma breve retrospectiva do pensamento histórico-filosófico do Iluminismo até os dias atuais.

No iluminismo a razão passou a tomar o lugar da fé. Os pensadores modernos rejeitaram em sua maioria o caráter metafísico e se opuseram totalmente aos pressupostos sociais, econômicos e religiosos da Igreja Católica no período do medievo – com certa compreensão visto que nos abusos desta igreja a Palavra de Deus já havia sido distorcida. Eles passaram a viver baseado no experimento, no amor ao conhecimento e ao próprio ego.

Fincado na razão, enquanto Immanuel Kant dizia: “Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”, as palavras de Jesus ecoavam e ainda se faz ecoar transpassando gerações ao dizer: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).

Os avanços tecnológicos vieram nos séculos a posteriori. Mas a crise estava por vir no século XX. A racionalidade amalgamada na tecnologia legara duas grandes guerras mundiais – relatos dizem que Einstein chorou ao saber das criancinhas mortas pelo brutal efeito de sua invenção, a bomba atômica. Era isso que a razão nos traria?

A racionalidade fincada no homem sempre culminará em morte, pois existe algo mais profundo que a essência humanista sempre rejeitará: o próprio conceito de pecado – estes defendem de as noções de culpa foram invenções dos costumes judaico-cristãos. Ele entrou no mundo, e com ele a morte.

Os pós-modernos tentaram solucionar esta decepção com a razão através de outro tormento: a ausência da verdade. O filósofo Michel Foucault discorreu muito sobre isso em suas várias obras, contudo esse caminho passou a ser tão frustrante, pois se a verdade não existe, até o próprio discurso de Foucault é uma mentira. Sendo assim a vida passa a não ter sentido, a saber a verdade de cada indivíduo, que diga-se de passagem não é construída numa centralidade harmonizada, mas requintada de uma natureza corrompida. Uma verdade capenga, cheia de incertezas, e mais que isso, uma verdade em constante metamorfose.

A felicidade passa a ser uma busca ilusória. Portanto crer que uma Verdade Absoluta não existe a não ser como algo volátil, antiquado, certamente tornará a vida vã onde celebração do móvel realmente comprovará que neste sistema os indivíduos pós-modernos substituem “os poucos relacionamentos profundos por uma profusão de contatos poucos consistentes e superficiais” como diria o sociólogo Bauman.

É isso que você quer pra sua vida? Algo transitório, sem nexo algum, onde o ato de relativizar tudo é algo que por si só gera um absoluto (tão rejeitado)? É este tipo de relação que você quer viver junto com o seu próximo?

Queridos, notemos o que Cristo disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Ele próprio se apresentou como a Verdade. Destarte, o ato de conhecê-Lo leva-nos a olhar para dentro de nós e fazermos um exame – não pra sabermos se somos um sujeito da época do iluminismo, sociológico ou pós-moderno, mas para analisar se herdamos dentro de nosso ser algo chamado pecado. Se Rousseau acreditava que o homem era bom por natureza, e muitos chegaram a crer nisto, a Palavra já dizia o inverso: “somos pecadores, separados de Deus e carecemos dEle” (Rm 3.23) – qual o mais óbvio? Pense nisto.

Esta Verdade nos faz enxergar que muito embora alguns filósofos e pensadores tenham um caso de amor com a interpretação de mundo, as representações construídas, e que elas mudam de tempos em tempos, a essência do homem continua a mesma. E isto é fato! O homem continua a fazer o mal ao seu próximo, continua a cometer adultério, continua a desafiar a criação, continua se rebelando contra Deus. Por isso Cristo sempre será a Verdade! Conhecendo Ele, seremos novas pessoas que verão as coisas de outra forma, e a liberdade se fará dentro de nós!

O Problema é a Bíblia que atrapalha

Por Jofre Garcia

“Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão e sim de paz”

(1ª Coríntios 14.32,33ª)
A caminhada cristã é feita na estrada dos absolutos.
Por esta razão os profetas bradaram sua voz contra poderosos reis, sistemas religiosos corruptos e a própria cultura adoecida de suas gerações. O elemento solidificador de sua mensagem era a inspiração divina, que com severidade ecoava: “Assim diz o Senhor”.
Reformas como a do tempo de Josias (2ª Crônicas 34.1-35.19), e os reformadores como Esdras e Neemias, tiveram como coluna mestra e rocha de construção a comunicação divina através da Palavra de Deus.  Em nenhum desses momentos de tensa dramaticidade para o povo de Judá foram-lhes oferecidas “revelações” atípicas, rituais estranhos, subterfúgios místicos ou transes embriagantes, mas, o modificador da vida e das diárias do povo era a Palavra Absoluta de Deus.
A vida e obra do Messias foram respaldadas por cerca 300 profecias a seu respeito e todas se cumpriram cabalmente. O Mestre co-relatava suas ações com o que estava estabelecido nas Escrituras. Algumas de suas afirmações acerca delas foram: que não podem falhar (João 10.35); erravam por não a conhecerem, nem o poder de Deus (Mateus 22.29); que os acontecimentos em torno do seu ser e sua história era para o seu cumprimento (Mateus 26.54,56); que ela dava testemunho sobre Ele, Jesus (João 5.39); que elas eram suficientes para o conhecimento da salvação (Lucas 16.29-31) e que era a verdade (João 17.17).
O caminhar dos apóstolos e discípulos na implantação da Igreja de Cristo teve sempre como patamar a proclamação da Palavra de Deus. O Senhor comissionou-os a ensiná-la (Mateus 28.20). Felipe anunciava Jesus através dela (Atos 8.35). Paulo testificou sua inspiração e fidelidade (2ª Timóteo 3.16). Para Pedro – concordando com Salmos 119.105 – era como uma candeia a iluminar em lugar escuro, e jamais podia ser particularizada por indivíduos para os seus próprios desejos (2ª Pedro 1.19-21). Pedro, também tinha plena consciência de sua eternidade (1ª Pedro 1.24,25). O escritor de Hebreus a identifica como viva, eficaz e espada de dois gumes com uma ação imanentemente transcendente em toda criação (Hebreus 4.12).
A Reforma Protestante foi um movimento de retorno ao estudo, ensino da Bíblia na prática de vida da Igreja. Nada foi tão poderoso para abalar as estruturas de poder de uma religião perdida e corrompida do que a argumentação de que a Bíblia, somente a Bíblia é a única regra de fé e prática (Sola Escriptura).
Como podemos perceber os avivamentos na história da Igreja é uma seqüência de retornos a obediência ás Escritura Sagradas.
Para os protestantes, os “crentes”, a Bíblia está acima qualquer outra revelação, tradição ou concílio. Aliás, qualquer sonho, qualquer profecia, qualquer movimento, qualquer avivamento, qualquer prática, qualquer ensino tem que se coadunar com a Palavra, de outra forma seja anátema, ainda que seja um anjo a bradar. (Gálatas 1.8)
Eu pensava que era assim!
Visite uma “igreja” em qualquer dia, qualquer “culto”. Principalmente aquelas dos novos movimentos, dos “moveres”, dos “mistérios”, as neo-pentencostais e você testemunhará o absoluto da Palavra de Deus, a Bíblia, ser descaradamente colocada em segundo plano, esquecida, relegada, ou ainda pior, distorcida e aviltada.
Adivinhações, “visões”, profecias antropocêntricas, mensagens de auto-ajuda, metralhadoras para matar o capeta, gente rodando como carrapetas sem razão, disparate de falação em línguas e promessas de vitórias subjetivas e sofismadas que não se concretizam. Some-se a isso a música sendo usada como um mantra hipnotizante que induz os participantes a gestualidades assustadoras e paranóicas.
Meu Deus! Meu Deus!
Que “igreja” é essa?
Em que parte não entenderam: “ ordem e decência”?
Em que lugar foi perdido a cristocentricidade do Culto?
Em que lugar aprenderam que o Pai, o Filho e o Espírito vivem a nos servir como garçons celestiais a nos fornecer como marmitas as “bençãos”, que nada são a não ser desejos mesquinhos de vil metal e de pisar, humilhar e derrotar quem por alguma razão nos ofendeu?
Cansei de ver pregadores que nem sequer a Bíblia consultava para suas prédicas. Ficava deveras confuso com essa anti-prática cristã, até que compreendi o problema da Bíblia, é que ela, nesses casos, só atrapalha.
Em Cristo, a Palavra da Verdade.  
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Direto do blog Auxílio do Alto.

"E quando a performance ofusca o brilho do conteúdo"? – Confira a entrevista de Paulo Cezar

O pessoal do Cristianismo Hoje realizou uma ótima entrevista com o pastor Paulo Cezar, líder do Grupo Logos onde problematizou a questão da música, adoração e mercado. A entrevista é longa,  porém nós separamos alguns trechos, e tendo em vista que a temática encontra-se bem discutida ainda hoje. Indicamos a leitura para todos os músicos e ministros da igreja. Confira.
CRISTIANISMO HOJE – Você é um dos nomes mais conhecidos da música cristã brasileira, tendo acompanhado de perto sua evolução nos últimos 30 anos. O que mudou para melhor e para pior ao longo desse tempo?
PAULO CEZAR – Para melhor, acho que mudou a qualidade técnica. A evolução dos músicos, dos estúdios, dos instrumentos e do som é perceptível. As chances de alguém gravar e fazer um bom trabalho, hoje, são muito maiores do que antes. O que mudou para pior, com algumas exceções, foi o conteúdo, tanto do que se produz como do objetivo com que se canta. Atualmente, a chamada música evangélica, ou “gospel”, está sendo atacada de todos os lados. O mundanismo tomou o lugar da contextualização. Além disso, vemos a repetição de muitos jargões, palavras de ordem e mensagens de prosperidade.
Por que a música evangélica de hoje carece de conteúdo?
As músicas e tais tendências nos conduzem a nomes, mas eu não quero, de modo algum, reconhecer ou classificar adoradores. Afinal, se Deus os procura, quem sou eu para achá-los? Mas creio que as letras são escritas de acordo com várias influências. O conhecimento é um desses aspectos, e é importantíssimo. Ninguém, mesmo que queira, poderá escrever sobre o que não sabe. A falta de conhecimento ressalta a superficialidade e o apelo emocional. Em outras palavras, um compositor ou pregador superficial ficará contente diante de pessoas chorando no altar ou mãos erguidas no auditório – mesmo que os ouvintes não sejam salvos ou que seu caráter não seja mudado nos dias que se seguem. Outro aspecto é a razão. Responder conscientemente ao motivo pelo que se compõe é determinante para quem o faz. E isso é que faz toda a diferença!
Mas essa contextualização é boa ou não?
Acredito que essa tal contextualização tem levado compositores, escritores e pregadores a compor, escrever e dizer o que seus “clientes” gostam, e não o que precisam. Eles não percebem que, agindo assim, perdem a inspiração divina e a própria criatividade.
Ainda existe espaço para grupos de louvor com visão missionária, como Logos e Vencedores por Cristo?
Com toda certeza, ainda existe sim. O Senhor nos tem aberto portas em muitas denominações. Fazemos três grandes viagens todo ano, cada uma com duração de dois meses e meio, nas quais visitamos as igrejas diariamente. Nosso trabalho é evangelístico – e o que queremos é anunciar o Evangelho de forma séria, através de boa música e de mensagens claras e objetivas.
O que você e o ministério Logos têm feito no sentido de dar contemporaneidade ao seu trabalho, evitando parar no tempo?
Bem, em primeiro lugar, temos seguido o exemplo da Bíblia, nunca mudando a essência do que fomos chamados a ser e a fazer. Temos também procurado usar os instrumentos modernos em nossa música. Ao dizer isso refiro-me tanto aos instrumentos que são pessoas, quanto aos instrumentos que são coisas; porém, sempre tomando o cuidado de não permitir que um ou outro assuma o centro das atenções. Estamos conscientes de que, quando a performance ofusca o brilho do conteúdo, só resultados superficiais são colhidos.
Quais são os artistas que hoje atuam e que chamam sua atenção positivamente pela postura e pelo ministério?
Há vários adoradores no meio artístico. Eu prefiro não citar nomes para evitar injustiças, mas resumo minha resposta afirmando que os que chamam a minha atenção são aqueles que têm um compromisso verdadeiro com o Senhor e fazem de suas vidas a maior expressão daquilo que pregam.
E quando esse entendimento é jogado para escanteio em nome do mercado?
Se eu não tivesse certeza de que este veículo de comunicação circula na Igreja, pularia esta pergunta. Testemunhar de coisas que não são boas não me traz alegria. Acho que as coisas ruins que eu tenho testemunhado são frutos de falsas conversões e de distorções daquilo que alguns chamam de “ministério”: A ganância por posição, popularidade, fama e dinheiro é absolutamente antagônicos ao caráter do Reino de Deus e em momento algum reflete o ministério daquele em quem nos espelhamos, Jesus. Quando sei dos valores que alguns “homens de Deus” cobram para fazer algo “em nome de Jesus,” sinto-me enojado. Não fora minha consciência de ministério, eu me sentiria ultrajado como servo. Mas isso também não me surpreende; a Bíblia está repleta de admoestações relativas a esse tipo de pessoas. Muitos se escandalizam por um político que esconde dinheiro nas meias, não é? Pois isso é muito pouco diante de “servos” que o escondem no coração.
Você tem uma postura crítica em relação à apropriação comercial da música evangélica, particularmente por parte das grandes gravadoras do segmento?
Não sou contrário a essa apropriação da música em si, porque os direitos de um contrato são mantidos por lei. Minhas críticas são por outros motivos. Tenho certeza de que a parte comercial de uma gravadora – evangélica ou não – sempre dará prioridade ao lucro. É o lucro que a fará conquistar o mercado, e por causa disso a visão ministerial, ainda que exista, será considerada em um plano inferior. Não vejo problema em que se venda a Bíblia no bar da esquina. Ora, qualquer um pode vender o que quiser; a diferença, para mim, está só na razão pela qual se faz isso. E é aqui que eu vejo o problema mais sério, quando o conteúdo de uma música realmente cristã não é o produto desejado para ser difundido pelas gravadoras chamadas evangélicas. Vale qualquer coisa, desde que resulte em grana!  Então eu pergunto: Onde está a visão do Reino nesse negócio?
Se uma grande gravadora propusesse hoje ao Logos um contrato vantajoso, qual seria sua resposta?
Olha, se uma gravadora vir o Logos como um grupo sério e maduro, que goza de respeito e aceitação por parte de várias denominações em todo país, não haverá impedimentos para uma aproximação. Temos princípios, mas nunca estamos fechados a contratos se a visão do contratante for de fato, ministerial, independentemente da competitividade artística do momento.
Como está a situação do ministério em termos de viabilidade financeira?
Bem, somos uma missão, e realmente sem fins lucrativos. Isso significa que sempre estamos com nossas contas em dia e nunca temos recursos antes de projetos. Funciona assim: temos projetos antes de recursos. Mas não estranho isso; acho que é coisa de Jesus, mesmo… Aprendemos com ele a ver pães e peixes serem multiplicados. Então, quando saímos, fazemo-lo como trabalhadores que o representam, e não como artistas e empresários.
É difícil conciliar essa busca por autenticidade com a necessidade de vender CDs?
Veja, o comércio não é pecaminoso, como também o dinheiro não é. O que faço com ele é o que me diferencia. Não componho para ganhar dinheiro, mas sei que vender os trabalhos é o modo de fazê-los chegar a quem preciso atingir. Sabemos que o trabalhador é digno de seu salário. Não é pecado ser bem remunerado. As pessoas pagam entradas para assistir jogos de futebol, peças de teatro e filmes no cinema. Nada mais justo do que remunerar o artista segundo a arrecadação que ele mesmo produz. Mas fazer missões é outra coisa!
Na sua opinião, é lícito ao músico cristão tocar profissionalmente fora da igreja? Isso não seria desvirtuar o talento dado por Deus?
Vamos por partes. Primeiro, é preciso compreender que a música é um talento, e não um dom espiritual. Como talento, ela não é santa em si mesma. Há coisas lindas compostas por artistas descrentes. Depois, é preciso pensar que a música é também uma profissão artística reconhecida em todo mundo; portanto, qualquer pessoa que tenha esse talento pode exercer essa profissão, sendo crente ou não. Há, entretanto duas grandes observações aqui. A primeira é que o músico crente, como qualquer outro profissional que conhece Jesus, tem que ter a sua vida santificada ao Senhor. Isso implica no seu testemunho comum de crente e na santificação de seu caráter de forma geral. Então, se ele cantava palavrões ou obscenidades quando não era crente, agora, com Cristo, terá de mudar essas coisas. A outra observação tem mais a ver com o chamado ministerial, e creio ser este o ponto mais importante. Se um músico, após a sua conversão, receber de Deus um chamado de dedicação total à obra e atendê-lo, então, também como qualquer outro profissional, estará à disposição do Senhor para servi-lo e por ele ser sustentado, não mais como um artista lá fora, mas como um servo no lugar onde estiver servindo.
Você já disse em várias ocasiões que é contra a cobrança de cachês por cantores evangélicos. Como o ministério Logos se sustenta financeiramente?
O Logos nunca cobrou cachê, e por princípio nunca o fará. Em todos esses anos de trabalho, sempre usamos o bom senso para termos as necessidades da missão supridas, sem colocar uma corda no pescoço de ninguém. Todos os pastores que nos conhecem, no Brasil ou fora dele, recebem o Logos com confiança. O que praticamos é uma taxa chamada de manutenção que qualquer igreja pode absorver. Ela cobre gastos com as viagens, que fazemos a bordo do nosso ônibus, com toda a equipe e equipamentos, aos lugares mais remotos do país.
O que você acha que deve acontecer com a música evangélica brasileira daqui para a frente?
Não quero responder com pensamentos previsíveis, mas com desejos de alma. Eu sonho com uma música diversificada em estilos e mensagens, que atenda as reais necessidades das igrejas. Sonho com bons músicos, crentes de verdade, que rendam seus talentos ao Senhor e testemunhem com suas vidas o caráter de verdadeiros adoradores. E, finalizando, sonho com uma Igreja que permaneça fiel diante dos modismos sufocantes da falsa contextualização.
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Fonte: Cristianismo Hoje.

Por Que Seminaristas Costumam Perder a Fé durante os estudos Teológicos?

Por Augustus  Nicodemus

Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).
E isso pode acontecer até mesmo em seminários cujos professores são conservadores, que acreditam na Bíblia de capa a capa. Esse quase foi o meu caso. Após minha conversão em 1977, depois de uma vida desregrada e dissoluta, dediquei-me à pregação do Evangelho e a plantar igrejas. Larguei meu curso de Desenho Industrial na Universidade Federal de Pernambuco e fui trabalhar como obreiro no litoral de Olinda, pregando a uma comunidade de pescadores, depois no interior de Pernambuco entre plantadores de cana e finalmente entre viciados em droga em Recife. Todos me aconselhavam a fazer o curso de seminário e a me tornar pastor. Eu resistia, pois tinha receio de que quatro anos em um seminário iriam esfriar o meu ânimo, meu zelo, minha paixão pelas almas perdidas. Eu conhecia vários seminaristas e não tinha a menor intenção de me tornar como eles. Finalmente cedi. Entrei no seminário aos 24 anos de idade, provavelmente como um dos mais relutantes candidatos ao ministério que passara por aquelas portas. Tive professores muito abençoados que me ensinaram teologia, Bíblia, história, aconselhamento. Eram todos, sem exceção, homens de Deus, comprometidos com a infalibilidade das Escrituras e com a teologia reformada. 
Tenho que confessar, porém, que nesse período, esfriei bastante. Perdi em parte aquele zelo evangelístico, a prática de dedicar várias horas diárias para ler a Bíblia e orar. O contato com a história da Igreja, a história das doutrinas, as controvérsias, afora a carga tremenda de leituras e trabalhos a serem feitos, tudo isso teve impacto na minha vida devocional. Pela graça de Deus, durante esse período me mantive ligado ao trabalho evangelístico, à pregação. Mantive-me em comunhão com outros colegas que também amavam o Senhor e juntos orávamos, discutíamos, compartilhávamos nossas angústias, alegrias, dificuldades e planos futuros. Saí do seminário arranhado.
Infelizmente esse não é o caso de muitos. Se o Mauro Meister quisesse, ele poderia dar testemunho aqui de como quase perdeu a fé em Deus e na Palavra quando entrou no seminário da denominação à qual ele pertencia antes de ser presbiteriano. Ele teve que tomar uma decisão: ficar e perder a fé, ou sair. Preferiu sair — pelo que todos nós somos gratos! — e fazer outro seminário. Além desses dois casos que eu mencionei, conheço vários outros de seminaristas, estudantes de teologia, que perderam a fé, o zelo, o fervor, a confiança, e que saíram do seminário totalmente diferentes daqueles jovens entusiasmados, evangelistas, que um dia entraram na sala de aula ansiosos por aprender mais de Deus e da sua Palavra.
Existem algumas razões pelas quais essa história tem se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles a que me refiro aqui.
1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. E nem têm ainda maturidade para estudar teologia como se fosse uma disciplina qualquer, até mesmo quando ensinada por professores conservadores que mal oram em sala de aula.
2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?
3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem direta — alguns usam, todavia — lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e freqüentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías (“e a casa se encheu de fumo”) nos seminários!!
4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente — alguns, abertamente — estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como a missão principal de sua vida pregar o Evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia e sustentar-se e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.
5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.
Eu daria as seguintes sugestões a quem pensa em fazer teologia e depois seguir a carreira pastoral.
Verifique suas motivações. O que lhe leva a desejar o pastorado? Muitos querem ser pastores porque não conseguem ser mais nada na vida. Não conseguem passar no vestibular para outras carreiras e nem conseguem emprego. Vêem o pastorado como um caminho fácil para ter um emprego.
– Procure saber qual a opinião de seus pais, de seus pastores, e de seus amigos mais chegados, que terão coragem de lhe dizer a verdade.
– Seja honesto consigo mesmo e responda: você já levou alguém a Cristo? Você tem liderança? Você tem facilidade de comunicação em público e em particular?
– Você tem uma vida devocional firme, constante, sólida, em que lê a Bíblia e ora, buscando a face de Deus, com zelo e fervor? Cultiva uma vida santa e reta diante de Deus, odeia o pecado e almeja ser mais e mais santo em seu caminhar?
Um colega de seminário me lembrou recentemente que uma das coisas que o impediram de perder a fé e o fervor durante o tempo de estudos foi que ele tenazmente se aproximou dos professores conservadores que eram espirituais, dedicados, fervorosos, que valorizavam a vida com Deus e a santidade. A comunhão com esses homens de Deus foi um refrigério para ele, e funcionou como uma âncora nos momentos de tentação e crise.
Lamento pelos jovens que perdem sua fé ou seu amor a Deus durante os anos de estudos teológicos. Lamento mais ainda pelas igrejas onde eles vão trabalhar e onde plantarão as mesmas sementes de incredulidade e frieza que foram semeadas em sua mentes abertas e despreparadas por professores que não tinham fé ou não tinham zelo.
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Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/

O circo e a igreja

Por Silvano Neri
O CIRCO
O circo é uma expressão artística, parte da cultura popular, que visa a diversão e o entretenimento dos espectadores.
Há referências sobre o circo desde a antiguidade. Durante o Império Romano, por exemplo, grupos de pessoas ganhavam a vida fazendo apresentações na rua, nas casas de famílias nobres ou até mesmo em arenas destinadas às apresentações (anfiteatros).
Na Idade Média, grupos de malabaristas, artistas de teatro e bufões (comediantes) viajavam pelas cidades da Europa com suas apresentações.
Porém, foi somente em 1769 que o circo ganhou o formato que temos atualmente. Neste ano, o inglês Philip Astley organizou as apresentações circenses, destinando também uma tenda de lona para as apresentações. Estas seriam itinerantes (com mudança constante do local de apresentação).
Embora enfrentem um período de crise na atualidade, os circos ainda fazem sucesso, principalmente nas reuniões do interior do Brasil. As apresentações contam com palhaços, shows musicais, malabaristas, mágicos e trapesistas.
O CRISTIANISMO E A IGREJA
Quando o Cristianismo surgiu, e durante os primeiros séculos de sua existência, os romanos eram os “senhores” do mundo. Não obstante o fato de que havia muitíssimas regiões fora do seu domínio, por que à parte que governaram foi aquela onde a civilização do mundo estava então realizando os seus notáveis progressos. Os habitantes desse império o consideravam como abrangendo o mundo, pois ignoravam o que existia alem das suas fronteiras. Além disso, o mundo Romano incluía todas as terras que seriam alcançadas pelo Cristianismo durante os três primeiros séculos da era Cristã.
Por volta do ano 50 d.C. o império romano abrangia a Europa ao sul do Reno e Danúbio, a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda a costa ao norte da África, como também grande parte da Ásia, desde o Mediterrâneo á Mesopotâmia. Não era pela força que os romanos dominavam toda essas regiões, eles a governavam efetiva e inteligentemente, pois onde quer que estabelecesse seu domínio levavam uma civilização incomparavelmente superior á anteriormente existente naquelas terras. Com o seu império, os Romanos se tornaram os mais úteis instrumentos de Deus no preparo do mundo para o advento do Cristianismo.
A instituição chamada igreja cristã tem dois capítulos distintos em sua história: um de crescimento glorioso, de avanço destemido, de penetração ousada e outro de sofrimento, de martírio, de sangue derramado. Mas, a despeito da perseguição, em menos de meio século a igreja, sem recursos, sem meios modernos de comunicação e transporte, sem literatura alcançou o mundo inteiro, penetrou como fermento em todo o império romano. Cada crente era uma testemunha. Era um corpo vivo. No Império Romano a perseguição aos cristãos foi tremenda e horrível: Nero chegou ao poder em outubro do ano de 54. Era um homem insano, filho de Agripina, uma mulher assassina e perversa. Na noite de 18 de julho de 64, estourou um catastrófico incêndio em Roma. O fogo durou 6 dias e 7 noites. 10 dos 14 bairros da cidade foram destruídos pelas chamas vorazes. Segundo rumores este incêndio foi produto da loucura do próprio Nero, que o assistiu no alto da torre de Mecenas, no cume do Palatino, vestido como um ator de teatro, tocando sua lira e cantando versos acerca de destruição de Tróia. Pelo fato de 2 bairros onde havia a maior concentração de judeus e cristãos não terem sido atingidos pelo incêndio, Nero encontrou uma boa razão para culpar os cristãos pela tragédia.
Podemos vê aqui quão distintas nas suas propostas iniciais, sem espaço para qualquer comparativo. Fato que ao longo da história, trilhando um caminho oposto, observarmos que a proposta circense permanece ancorada nas suas raízes iniciais, enquanto que a igreja se deslocou da sua posição primária, se aproximando bruscamente dos ideais espetaculares do circo.  Chegando a seguinte conclusão: a igreja de hoje mais parece um circo, pelas similaridades que exponho abaixo:
A ANALOGIA
No circo existem domadores de leões, os quais respeitam suas limitações diante de tamanha ferocidade.
Nas igrejas, domadores de demônios, os quais travam verdadeiras entrevistas com os “bichos”.  Falam mais com os demônios durante os cultos do que com Deus em oração e leitura da palavra.
No circo quem comanda é o apresentador, sempre com respeito a sua platéia.
Nas igrejas “pastores” exibicionistas, que manipulam a platéia usando suas “neuroidiotices”, advindas de traumas e decepções durante o curso de suas vidas medíocres.
No circo existem os palhaços, que se divertem divertindo a platéia.
Nas igrejas, bobos espectadores, manipulados por palhaços engravatados no púlpito.
No circo tem acrobatas e trapezistas, com manobras plásticas e perigosas.
Nas igrejas, grupos musicais com performances extravagantes e sem compromisso com a honra e glória pertencentes a Deus.
No circo tem o picadeiro para as belas apresentações dos artistas circenses.
Nas igrejas, palco para ostentações das mais absurdas possíveis.
No circo todo espetáculo é direcionado ao público, de forma horizontal,
Nas igrejas de hoje em dia o “espetáculo” tem a mesma direção (a platéia) que é alimentada todos os dias, pelos famintos anseios do seu ego insano.  O qual deveria ser verticalizado, em direção ao Deus que merece toda honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos amém.
Deixo claro aqui neste breve comentário acerca de um assunto tão chocante e provocativo, a não generalização do tema, pois graças ao Deus que é fiel à Sua palavra, ainda existem igrejas verdadeiras, as quais são sal, nesta terra apodrecida pela soberba humana.
II Timóteo 4.3 à 5
“3  Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4  E se recusarão a dar ouvidos a verdade, entregando-se às fábulas. 5  Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”.
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Silvano Neri é amigo e irmão em Cristo. Fazia tempo que cobrava dele uma contribuição no Arte de Chocar, visto que ele é participante direto de várias conversas e que resultaram em muitas matérias escritas por nós.

Outras formas relativizar Deus e Sua Palavra

Por Antognoni Misael

De uns tempos pra cá é frequente a prática da apologética no meio evangélico no que tange a defesa do Deus Absoluto e a sua não-relativização. Ao que pareceu, essa vibe pós-moderna, ao ponderar as noções de ‘verdade’ tentou infectar o pensamento até então coerente e convicto das várias vertentes evangélicas no Brasil.

Dizer que Deus é relativo é uma fuga humana tão pobre que só reflete o estado perdido, fragmentado, indefinido e insatisfeito do homem corrompido (Efésios 2:1,5). Contudo, o que podemos concordar é que assim como Deus é Absoluto, a aplicação da sua Palavra corrobora para relativizações que variam no aspecto social, cultural, e de níveis de fé como o exemplo de Paulo em 1 Coríntios 8.7-13. Entendam! Isso não significa a relativização nem de Deus nem de Sua Palavra, mas a versatilidade de aplicação da Verdade que compreende as relativizações humanas!
Fugindo daquele cenário Palavra x Filosofia, Teísmo x Teoria da Relatividade, o que acho mais interessante é notar também que há outras formas de dizer que Deus é relativo. E por incrível que pareça, não é difícil encontrar vários atalaias mal resolvidos por aí, que defendem a existência de um Deus “Super Absoluto”, usando, porém, uma fé tão relativa que me chega a níveis de estranhamento altíssimos. Isso pode ocorrer quanto ao se dizer que Deus é absoluto, por exemplo, mas ao mesmo tempo defender que Deus não escolhe o seu povo, por ser isso um tipo de injustiça. Isso me confunde! 
Então, vejamos como isso pode acontecer através de outros exemplos que elaborei.
1) Quando digo que Ele é meu Pai, mas acredito que posso perder a salvação. (João 6:37)
2) Quando leio Efésio 2, e Romanos 9, mas prego e acredito que a salvação depende da escolha do homem.
3) Quando vejo talentos em descrentes, mas atribuo tais habilidades a satanás. (Tiago 1.17)
4) Quando canto “o véu que separava já não separa mais…”, mas necessito de pastores e/ou vasos para ouvir a voz de Deus. ( Hebreus 10:19-22 )
5) Quando digo que o pecado de idolatria é abominação diante de Deus (1 Coríntios 10:14), mas faço parte do fã clube do cantor(a) gospel, e não saio da cola dele(a).
6) Quando dizimo devolvendo o que a Deus pertence, mas no fundo, exijo que Ele me “re-devolva” com juros e correção monetária. (Deuteronômio 28.2)
7) Quando leio que sou templo do Espírito Santo, mas idolatro as paredes da igreja que pertenço. (Atos 17.24)
8) Quando Leio 1 Coríntios 14, mas suponho que Deus não se importa quando falo línguas estranhas sem atender as ressalvas ditas por Paulo.
9) Quando digo que Deus é o mesmo ontem e hoje, mas afirmo que sua Palavra é complexa para se compreender no mundo atual, fazendo de minha crença pessoal um sincretismo maluco onde posso gostar dos sermões reformados, mas corro em busca das curas e milagres dos neopentecostais. (Gálatas 1.8)
10) Quando canto e louvo dizendo “Tú És tudo Pra mim”/ “Tenho sede de Ti”, mas acho uma perda de tempo ir ao Seu Livro para ler e estudá-lo. (João 5.39)

Resposta ao Pr. Silas Malafaia por ter chamado àqueles que combatem a teologia da prosperidade de idiotas

Por Renato Vargens

 Entendendo o contexto:

Em entrevista a Revista Igreja de novembro de 2010 o pastor Silas Malafaia, da Igreja e programa de TV Vitória em Cristo, chamou os pastores que não pregam a teologia de prosperidade de Idiotas que deveriam perder a credencial e voltar a ser membro para aprender as Escrituras.
Confira abaixo a entrevista:
Revista Igreja: O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?
Silas Malafaia: Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta.
Em seguida o pastor da Igreja Vitória em Cristo defendeu a Teologia da Prosperidade e a si mesmo: “Finanças é um dos maiores assuntos da Bíblia. Quando chega nesta parte, muitos pastores, as vezes porque eles mesmos não dão dízimo e nem oferta e, portanto não tem autoridade para falar do assunto, querem bater em quem fala”.
Minha Perplexidade:
Caro leitor, estou estupefacto com a entrevista de Silas Malafaia. quer dizer então que aqueles que combatem essa maldita teologia são idiotas? Quer dizer então que a prosperidade ensinada pelos teólogos da prosperidade é bíblica?
Minha resposta ao Pastor Silas Malafaia:
Prezado pastor,
O senhor sempre foi tratado com respeito pelos membros das igrejas evangélicas, no entanto, ultimamente o senhor tem tomado atitudes que nos tem feito ruburizar de vergonha.
Lembro com saudosismo que antigamente o senhor usava do seu programa de TV para evangelizar aqueles que não conheciam a Cristo, além de combater alguns desvios teológicos da igreja evangélica brasileira. Foi assim por exemplo com os “gedozistas” que teimavam em ensinar um evangelho diferente do Evangelho da Salvação Eterna ou com os teólogos da prosperidade que comecializavam as bençãos do nosso Senhor. No entanto, pelo que vemos o senhor mudou radicalmente.
Prezado Silas, diante do exposto sou obrigado a confessar que estou assustado com o seu comportamento! Se não bastasse a venda da unção da prosperidade por R$ 900,00, o senhor vem a publico afirmar que quem combate a teologia da prosperidade é idiota.
Caro (bota caro nisso) Silas Malafaia, diante de sua afirmação gostaria de lhe dizer que eu me encaixo no quadro dos idiotas. Gostaria de lhe dizer que não desejo a sua unção financeira. Eu não almejo essa espúria unção da prosperidade. Eu não quero esse evangelho manipulador que tira dinheiro do bolso dos meus irmãos.
Prezado Silas, lamento lhe informar, mas eu não vou semear ofertas de R$ 1.000,00 em troca de bênçãos de prosperidade, nem tampouco me sujeitar as falsas profecias murdokianas. Eu não desejo esse evangelho cabalístico e cheio de números. Eu não almejo a unção especial da prosperidade de homens que só falam em dinheiro. Eu não quero o enriquecimento mediante as ofertas do povo de Deus.
Afortunado evangelista, tenho certeza de que você bem sabe que este não é, nunca foi e jamais será o evangelho do Senhor. Aliás, vamos combinar uma coisa? Chega desta palhaçada, nós não suportamos mais ver o comércio do nome de Deus, antes pelo contrário, desejamos ver neste imenso país o evangelho vivido e pregado por Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, John Wesley, Spurgeon, Lloyd Jones entre tantos outros mais, sendo pregado de forma eficaz.
Prezado Silas, isto posto, oro ao Senhor nosso Deus pedindo a Ele que tenha misericóridia da sua vida e que por sua graça o reconduza novamente aos valores inegociáveis da sã doutrina!
Arrependa-se enquanto ainda é possível!

***

Vi no blog do Renato Vargens!